GNR: 45 Anos de Carreira Celebrados em “Operação Stop” no Coliseu do Porto

Os GNR celebraram 45 anos de carreira com um concerto memorável no Coliseu do Porto, abrindo a digressão “Operação Stop” diante de uma plateia rendida à nostalgia. Entre clássicos intemporais e a presença surpresa dos filhos dos músicos em palco, a noite foi uma viagem emotiva pela história de uma das maiores bandas portuguesas

Os GNR celebram 45 anos de carreira com a digressão “Operação Stop”, uma paragem obrigatória para todos os que cresceram ao som de Rui Reininho, Jorge Romão e Toli César Machado. O primeiro concerto, no Coliseu do Porto, ficou marcado pela enorme afluência e por um sentimento de gratidão que se espalhou por toda a sala — um tributo sincero à influência do trio tripeiro na música portuguesa.

Uma nova geração em palco

A noite começou com “Espelho Meu”, abrindo caminho para um espetáculo que mesclou nostalgia e renovação. A formação, embora longe da original, trouxe uma bela surpresa: os filhos dos músicos juntaram-se em palco, dando continuidade a um legado que atravessa gerações. O público, apanhado de surpresa, reagiu com entusiasmo e emoção.

Uma viagem pela história da banda

O concerto seguiu com temas icónicos como “Bem-Vindo ao Passado”“Video Maria”“Cadeira Elétrica”“Eu Não Sou Assim”“Sub-16”“Efetivamente”“Asas”“Pronúncia do Norte”“Impressões Digitais” e “Pós-Modernos”(num poderoso medley). Não faltaram também “Tirana”“Nova Gente”“Popless”“Voos Domésticos”“Cais”“Bellevue”“Morte ao Sol”“Sexta-Feira (um criado seu)” e “Sangue Oculto”, entre outros momentos de pura celebração.

No primeiro encore, o público vibrou com “Las Vagas” e “Quero Que Vá Tudo Pró Inferno”, e no segundo, o Coliseu rendeu-se a “Ana Lee” e às tão aguardadas “Dunas”, encerrando a noite em clima de emoção e comunhão.

Um público contido, mas fiel

Apesar da casa cheia, o público mostrou-se algo contido. A energia não foi a dos tempos de “Sub-16”, mas Jorge Romão fez questão de puxar pelos presentes, recuperando o espírito vibrante dos velhos tempos. Há, inevitavelmente, marcas do tempo — tanto na banda como em quem a segue desde os anos 80 —, mas a paixão e a entrega continuam intactas.

Crescer com a música dos GNR é, para muitos, uma parte fundamental da identidade. É revisitar memórias, amores e fases de vida embaladas por uma banda que ajudou a moldar o som de uma geração.

Uma homenagem da Rádio Comercial

O concerto terminou com uma surpresa especial preparada pela Rádio ComercialPedro Ribeiro subiu ao palco e, visivelmente emocionado, declarou:

“Não sendo eu de cá, é impressionante perceber e sentir o carinho que a cidade tem para com os GNR. É incrível!”

Seguiu-se a projeção de um vídeo com “A Pronúncia do Norte”, que reuniu 29 dos maiores artistas nacionais num tributo comovente. O destaque foi, naturalmente, a participação de Isabel Silvestre, que emprestou a sua voz inconfundível a um dos temas mais marcantes da banda.

Obrigado, GNR

Quarenta e cinco anos depois, os GNR continuam a provar que o tempo pode mudar muita coisa — mas não o impacto da sua música.

Obrigado, GNR. Obrigado, ReininhoToli e Jorge Romão. Obrigado por darem banda sonora aos melhores tempos das nossas vidas.

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