Mariza voltou a provar que o Porto tem um lugar especial no seu coração. Devido à alta procura de bilhetes, a fadista foi obrigada a abrir uma segunda data na Super Bock Arena, uma decisão que se revelou mais do que acertada. Na noite de ontem, a primeira noite (a data extra), a artista proporcionou um concerto memorável, cheio de emoção, energia e momentos que ficarão gravados na memória de quem teve o privilégio de estar presente.

Uma Noite Dedicada ao Amor

Com o tema do amor como pano de fundo, Mariza apresentou “Onde Vais”, uma canção inédita que fará parte do seu novo álbum, “Amor”, ainda por editar e ainda não disponível nas plataformas digitais. A música, repleta de emoção, foi recebida com entusiasmo pelo público. Outro destaque foi o tema “Casa”, oferecido por Filipe Ferreira (Maninho), que marcou um dos momentos mais ternos da noite. “Casa não é a que tem portas e janelas”, explicou Mariza, “casa é onde vive o coração” – no caso dela, no amor por seu filho, Martim.

Convidados e Surpresas

Maninho, primeiro convidado da noite, subiu ao palco para interpretar “Até ao Fim” ao violão, arrancando aplausos entusiásticos. Em seguida, o saxofonista Otis brilhou com um solo extraordinário que antecedeu um dos momentos mais impactantes da noite: Mariza desceu ao público para cantar “Chuva”. Sem microfone, apenas com a força da sua voz cristalina, transformou a arena num silêncio absoluto, criando um momento de arrepiar.

Emoções à Flor da Pele

O Melhor de Mim” arrancou lágrimas de muitos na plateia, enquanto Mariza lembrava que seu coração também pertence à Invicta. A artista revelou uma ligação especial com a cidade, destacando o nascimento do seu pai, lá para os lados de Cedofeita. O público, sempre caloroso, retribuiu essa proximidade cantando a plenos pulmões.

Fado, Alegria e um Case Study

Ao pedir ao público que iluminasse a arena com as luzes dos telemóveis, Mariza encerrou “O Melhor de Mim” com toda a sala em uníssono. Mas a festa continuou com “Rosa Branca” e “Maria Joana”, esta última uma das músicas mais irreverentes da sua carreira. “Quem mais consegue transformar ‘A francesinha já não tem picante’ na música do ano? De fato, Mariza é um verdadeiro case study, uma embaixadora do fado (e a única fadista) que não tem medo de gritar “Façam barulho!”.

O Grand Finale

O encerramento não poderia ser mais emocionante. Mais uma vez, por entre o público, Mariza cantou “Ó Gente da Minha Terra”, arrancando suspiros e aplausos que ecoaram pela Super Bock Arena. Foi o desfecho perfeito para uma noite em que a fadista mostrou, mais uma vez, porque continua a ser uma das artistas mais queridas e respeitadas de Portugal (querendo igualar Cristiano Ronaldo em número de likes no Instagram).

Mariza não deu apenas um concerto; proporcionou uma experiência que transcendeu a música. E, como sempre, o Porto respondeu à altura, provando que, para esta cidade, Mariza não é apenas uma artista: é de casa.

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