Na noite de ontem, o Coliseu do Porto foi palco de um espetáculo memorável e nostálgico, protagonizado pela icónica Bonnie Tyler. O concerto, aguardado ansiosamente pelo público, esgotou a emblemática sala de espetáculos da cidade, preenchida por fãs que acompanharam a carreira da cantora desde o início. Com a sua voz rouca e inconfundível, Bonnie Tyler brindou o público com os sucessos que a tornaram uma estrela global e, como quem faz uma viagem no tempo, transportou-nos de volta a uma era em que os filmes musicais dominavam e as suas músicas eram a banda sonora da juventude de muitos.
A abertura ficou a cargo de “Have You Ever Seen The Rain” dos Creedence Clearwater Revival e, logo a seguir, “Nowhere Fast”, um clássico que marcou o filme Streets of Fire, trazendo à memória o auge dos anos 80 e dos musicais no cinema. Foi o pontapé inicial de uma noite intensa e comovente, que, embora relativamente curta – cerca de uma hora e meia –, percorreu os principais temas de Bonnie Tyler, explorando com maestria o seu repertório atemporal. Aos 73 anos, a cantora galesa esbanjou energia e mostrou que ainda sabe como cativar uma plateia.

Um dos pontos altos do espetáculo foi a homenagem emocionada a Tina Turner, com Bonnie Tyler a interpretar Simply the Best perante um público que se ergueu em aplausos e em uníssono para recordar uma outra lenda que marcou gerações. Quando chegou a vez de Total Eclipse of the Heart, a plateia não resistiu em entoar o refrão, criando um momento arrebatador. E como não poderia faltar, I Need a Hero encerrou a noite, fazendo vibrar cada canto do Coliseu.
Numa demonstração de carinho e nostalgia, Bonnie Tyler ainda agradeceu aos seus músicos, apresentando-os um a um, antes de um momento particularmente afetuoso: a cantora trouxe ao palco o seu marido, reconhecendo-o como o seu principal motivo para continuar a cantar. A plateia reagiu com um “Awww” coletivo, tornando o momento ainda mais íntimo e especial.
Bonnie Tyler também não deixou de expressar o seu amor por Portugal, recordando que, durante o confinamento da pandemia, teve a sorte de estar na sua casa no Algarve. “Foi o melhor que me aconteceu; passar os dois anos de COVID em Portugal,” disse, entre risos e aplausos.

Para os que tiveram o privilégio de estar lá, foi uma noite para recordar, um espetáculo que nos lembrou que, independentemente da idade, a música e o amor pela vida não têm prazo de validade.









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