Dia de semana e um horário pouco próprio para um concerto; solução encontrada para “contornar” as constantes restrições impostas pelo governo face à pandemia provocada pelo novo Corona Virus. Um introdução repetitiva que condiciona o nosso dia a dia…
Poucos minutos depois da hora marcada, Diogo Piçarra sobe ao palco, num espaço que já lhe é conhecido. Com “casa cheia”, o antigo Pavilhão Rosa Mota saúda efusivamente outro mentor do The Voice Portugal (lembro que na semana anterior pisou este mesmo palco a sua adversária Áurea).
Mesmo com um certo distanciamento emocional e sem convidados, Diogo Piçarra esforçou-se por fazer esquecer a frieza que se vive com esta nova realidade. Sem a interação do público, sem os saltos e os “apertos” característicos dos concertos normais, torna-se mais difícil manter uma plateia animada. Ainda assim Diogo Piçarra é exímio na arte do entretenimento e, em tempo algum gorou as expectativas de quantos se dirigiram ao Pavilhão Super Bock.
Duas horas de concerto onde foram agraciados todos os técnicos “não músicos” que fazem parte de um espetáculo e que são, muitas vezes esquecidos. Em cima do palco, iluminados, estavam roadies e técnicos de som que tiveram a respetiva apresentação, sem esquecer os motoristas “que estão lá fora com a carrinha a trabalhar para daqui a pouco irmos embora“. Um gesto sempre nobre que não estranha a quem conhece Diogo Piçarra.
Por último, e (talvez) como forma de se redimir de não o ter escolhido durante as batalhas, aparece em palco Tiago Barbosa, para interpretar The House of the Rising Sun. Um breve momento de arrependimento (será?) por ter escolhido Diogo Leite na última sessão do The Voice Portugal.
Rapidamente chegam ao fim os 120 minutos e é altura de relembrar que o mundo, lá fora, continua a viver um mau bocado.Obrigado Diogo Piçarra! Obrigado pelo grande concerto e, principalmente, por nos fazeres esquecer a pandemia!