A música regressou à Alfândega do Porto. Durante 2 dias houve concertos para pais e filhos, num ambiente festivo que juntou a linguagem universal (música) à grande paixão desportiva.
A final da Taça de Portugal – edição de 2019 – foi disputada no segundo dia do North Music Festival, havendo lugar a transmissão desportiva em ecrã gigante.
A primeira atuação coube aos portugueses Expensive Soul que celebraram com o (seu) público o 20º aniversário da banda.
Seguiu-se Emir Kusturika com a No Smoking Orchestra. O músico realizador trouxe ao palco da Alfândega toda a sua energia e boa disposição da música Gipsy, com um travo a rock, que animou o público para os Cabeça de Cartaz.
O primeiro dia do North Music Festival termina ao som dos emblemáticos Bush. Gavin Rossdale fez questão de partilhar com o público, muito do pouco espaço existente entre a multidão.
Desceu do palco e andou pelo meio dos (e em especial das) fãs que deliraram com a presença do líder da banda americana. Esta louvável atitude começou no seu antecessor Emir Kusturika e prolongou-se no dia seguinte.
A prova de que o North Music Festival é uma festa com o público e não para o público.
O segundo dia do North Music Festival começou, novamente, com sons nacionais. Primeiro com os Glockenwise e depois com os Capitão Fausto, as hostes foram abertas para uma noite de muita música.
Os Capitão Fausto vinham ao North Music Festival apresentar o seu mais recente disco “A Invenção do Dia Claro”: letras de músicas como Sempre Bem ou Boa Memória ecoaram por todo o recinto, já que a casa cada vez se ia mais amontoando naquele início da noite.
Os Bastille vinham com um trabalho de casa preparado e trouxeram consigo vários adereços e artimanhas para aguçar o apetite dos festivaleiros. Houve músicas mais sentidas com Dan Smith sentado num sofá, outras mais especiais com o vocalista em cima de um escadote de três metros. As músicas “The things we lost in the fire” e a psicadélica “Happier” deram um ânimo aos jovens fãs que estavam ali nas primeiras filas do espetáculo.
Os Franz Ferdinand vinham com a classe que os habituou, em especial o mítico vocalista que veio ao seu estilo british, casual chic de Glasgow. Imagens a preto e branco davam uma cor minimalista de fundo e as guitarradas deram força aquela hora e meia de concerto, que começou já depois da meia noite.